Os comandantes do Exército e da Aeronáutica não aderiram ao golpe de Bolsonaro porque o golpe, como venho dizendo aqui há anos, nos termos propostos por Bolsonaro, não passaria de uma quartelada de quinta categoria.
Teríamos, certamente, um banho de sangue, mas um poder oriundo de uma quartelada de quinta categoria não teria sustentação interna nem reconhecimento externo.
O projeto da cúpula das Forças Armadas como instituição era, e continua sendo, o de tutelar a Nação política e ideologicamente, para, dentre outras coisas, assegurar a manutenção de seus privilégios de casta.
Como venho dizendo aqui há anos, os projetos políticos da extrema-direita e dos militares como instituição se encontraram no governo Bolsonaro, mas seguiam sendo coisas distintas.
Está aberta a temporada de negociação para a entrega das cabeças dos gorilas bolsonaristas nas Forças Armadas…
O que o “sistema” estaria disposto a oferecer em troca das cabeças de um Heleno, de um Braga Neto?
