Se existe um espaço hoje que pode nos esclarecer sobre estes estranhos dias em que vivemos, certamente é o campo do que chamamos de Antropologia. É uma ciência viva e dinâmica que apresenta instrumentais teóricos capazes de desnudar os fenômenos nunca antes visto que nos assombram, tais como os episódios climáticos extremos, a violência entre os seres humanos, o desaparecimento de espécies animais, e tantos outros . E nesse campo, aqui no Brasil, dois seres singulares se destacam : um chama-se Eduardo Viveiros de Castro., um antropólogo de renome, mola mestra do conceito de Perspectivismo Ameríndio, conhecido em todo o mundo pela sua luta contra o capitalismo e a defesa do meio ambiente . O outro é conhecido por Ailton Krenak: líder indígena ambientalista, filósofo, poeta, descendente da etnia indígena Krenak, e há pouco tempo eleito para a Academia Brasileira de Letras . De um lado o pesquisador e teórico, oriundo dos bancos da Academia e de outro o objeto vivo de seus estudos: uma liderança indígena, criada em pleno fragor das mudanças operadas pela crise estrutural do capitalismo no século XXI.
Trouxemos aqui para vocês um momento raro de conversa entre os dois: um papo na rede, num aprazível ambiente de Sta. Tereza, no Rio de Janeiro, onde o assunto que se destacou foi a sensação de fim de mundo que se abate sobre nós. E quem melhor poderia travar este debate senão eles ? Assistam esta conversa e tirem suas conclusões
Arlindenor Pedro
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Realmente, uma grade papo …
Em uma hora boa, esta conversa ajuda a acordar a gente. Parabens pela publicação. Gostei e publiquei também. Além do conteúdo massageou minha alma antropóloga.Muito obrigada!