O Jornal Nacional desta sexta-feira disse que o “comércio ilegal” da 25 de Março em 2024 “roubou” quase R$ 468 bilhões das empresas legalmente proprietárias das marcas e do Estado.
Quanto às empresas, essa afirmação parte de um pressuposto falso. O pressuposto é o seguinte: aquele que comprou o produto “pirata”, caso não tivesse essa alternativa, certamente compraria o produto “original”.
Esse pressuposto é falso já que, como mostrou a própria reportagem do JN, o “pirata” de uma mercadoria que custa R$ 120,00, na 25 de Março é vendida por R$ 10,00.
Fato é que o consumidor da 25 de Março não é o mesmo consumidor das mercadorias originais.
Quanto ao Estado, o argumento de que o produção pirata e o comércio dessas mercadorias não geram impostos, não leva em consideração o fato de que o comércio pirata movimenta a economia, gerando emprego e renda… E, portanto, impostos!
Ou seja: a produção e o comércio “ilegais” não concorrem com a produção e o comércio “legais”; o que fazem é, isso sim, expandir a economia…
Sem a produção “pirata” e o comércio “ilegal”, a nossa economia seria menor do que é. A rua 25 de Março é “inclusão social” – como negar?
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