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A morte é um dia que vale a pena viver –  Ana Claudia Quintana Arantes 

arlindenor pedro
Por arlindenor pedro 3 leitura mínima

 A felicidade só é de verdade quando é compartilhada : eis aí um axioma que aprendi a respeitar. Talvez tão importante que procurei tê-lo em conta , em todos os momentos, na minha vida-vivivida .

Mas, ele não se aplica no momento da morte, a mais solitária das experiência que possamos ter – a da despedida . Ao contrário do nascimento – onde estamos sendo recebidos .

Invariavelmente , na maior parte das vezes  ,  quando tomamos conhecimento que a velhice chegou  , este pensamento nos assalta ; e  então é impossível não lembrar .

Mesmo que procuremos desviar nossos pensamento , desviar o assunto , não discutir com os outros , trata-se de uma questão que não podemos fugir , pois ela nos persegue na nossa intimidade , nas nossas mais profundas reflexões .

Filosofar  sobre a morte !

Isto  nos trás uma profunda tristeza , melancolia , pois sabemos que a solidão  sempre acompanha o momento da morte .

Na verdade ,  penso eu : não temo propriamente a morte ! Temo a figura que ela trás como acompanhante  : a solidão ao partir .

Mesmo que tenha a sorte de morrer entre aqueles que eu adore ( um acontecimento muito difícil , pois a sociedade moderna quase que nos obriga a morrer entre estranhos , entre médicos , enfermeiros , que têm uma relação impessoal conosco ),  o passo decisivo se dá solitariamente ,pois somos nós que vamos  partir – sair de cena . E quanto a isto , não há nada o que se fazer .

Dissociados que somos da natureza , em um mundo racional que nos ensina que ao homem tudo é possível , com certeza não podemos entender a morte .

Melhor seria se pudéssemos conviver com a sua inevitabilidade .

Creio  então , que cabe à medicina , a ciência moderna , atenuar um dos elementos presentes com a sua chegada : o sofrimento físico, pois ele nos tira o discernimento ( pela dor ininterrupta ) deste momento importante .

Eis aí Um assunto pouco discutido , mas que o filme canadense ” As invasões Bárbaras ” , tratou com sensibilidade e coragem . (http://youtu.be/mseGjgbmlKA).

Mas , mesmo sem entrar neste assunto , é impossível  não ver com simpatia o trabalho que a médica Ana Claudia Quintana Arantes , especialista em Cuidados Paliativos  e graduada em Intevensões em Luto , faz com doentes terminais , e que mostramos no vídeo a seguir com sua brilhante intervenção no TED , aqui no Brasil .

Uma palestra para pensar !

Serra da Mantiqueira , 9 de junho de 2015

Arlindenor Pedro 

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Libertário - professor de história, filosofia e sociologia .
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