17/06/2023
Por sorte minha, eu jamais fui “pesquisado”… Digo isso porque, quase sempre, eu não saberia responder às perguntas formuladas pelos tais “institutos de opinião”.
O jornal “Folha de S. Paulo” deste sábado, dia 17, diz que o Datafolha apurou o seguinte, sobre o que chamam de “avaliação do governo Lula”:
37% dos entrevistados consideram o governo ótimo ou bom
27% avaliam como ruim ou péssimo
33% consideram o governo regular
3% dos entrevistados não opinaram
Olhando assim, eu me vejo junto ao pessoal dos 3%, ainda que suspeite que dentre esses deve haver de tudo…
Como avaliar o governo Lula, há menos de seis meses da posse, nos termos sugeridos pela pesquisa? Como?
Só se for com base em sentimentos difusos e/ou em posições pré-estabelecidas.
Sentimentos difusos e/ou posições pré-estabelecidas, é disso que se trata!
No estágio no qual se encontra a política no Brasil (e mundo afora), tudo se resume a isso, a sentimentos difusos e/ou posições pré-estabelecidas.
A despolitização da política é um processo em curso em direção à anomia.
Acho que os números da pesquisa seriam os mesmos se ela indagasse a opinião dos “pesquisados” não acerca da avaliação do governo e sim acerca da aparência física de Lula.
Daria no mesmo, estou certo…
Muito provavelmente, os que acham o governo “ótimo”, considerariam Lula “lindo”, os do “bom”, achariam o presidente “bonito”, os do “regular”, provavelmente veriam Lula como “simpático”, e o pessoal do “ruim ou péssimo” certamente não suportam ver a cara do homem nem pitada de ouro, por considerá-la horrenda.
Dito isso, eu não tenho como negar: vejo mais substância no pessoal dos 3%…