A dimensão biológica da nossa existência nos impõe o envelhecer. Mas, o envelhecer, apesar de natural, em muitos aspectos é um daqueles casos em que a natureza, em alguma medida, está submetida à cultura.
O estar-no-mundo da gente idosa de hoje em dia, pelo menos nos grandes centros urbanos, guarda algumas notáveis diferenças com o modo de ser velho dos tempos dos pais e mães dos atuais idosos e idosas.
Acredito que para todas as pessoas que vão envelhecendo, esse fato vem à consciência aos poucos, em geral por meio de “alertas” com os quais a gente vai se confrontando nas mais diversas esferas da nossa vida cotidiana.
A velhice se apresenta para nós nos afazeres do cotidiano… Agorinha há pouco eu percebi mais dois desses “alertas”:
- Eu fui chamado pelo nome pela atendente da farmácia perto de casa.
- Não senti qualquer interesse em me informar sobre o assunto sobre o qual o G1 estampou a seguinte manchete:
“Caetano Veloso entra em discussão sobre nova música que Luísa Sonza fez para namorado.”