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Fabulanças-Madu

arlindenor pedro
Por arlindenor pedro 4 leitura mínima

Que me permita o Rosa…

Vixxiii… o Senhor douto viu? 

E não foi, num tempo de desconforme, que o capiroto assumiu o comando deste brasilzão, abrindo porteiras para o demo, o diacho, o boi-zebu, o besta, o satã, o tinhoso e cabelo de morcego?! A gente não sabia, de princípio, no que ia dá, ou sabíamos? 

Pois sim…e não é que a gente hoje já sabe pelas redes dessas fabulanças que se lançam essa gente do bem em nome de deus, pátria e família?! A boiada resolveu ostentar suas prosápias e bizarrias no tal parlamento, mostrando que a caixinha de joias tem mais do que diamantes. Surpresas, pro bem e pro mal, a caixinha não é apenas uma, mas muitas caixinhas por aí que resolveram se abrir aparecendo essas esdrúxulas manifestações dos nomeados acima… viste? Caixinha de Pandora!

Companheiros da esquerda e da direita, este que endireitar não quer, mire e veja as voltas que o mundo dá. 

Pois num é que a terra não é quadrada, comprovado está. 

Quem haveria de dizer que toda essa aprazível gente cidadã, do bem, ia botar as manguinhas de fora, e que tudo ia aparecer assim, um a um, com suas bizarrices a ponto de aqueles que se dizem machões até se assumir como trans?! Pensa que é brincadeira ou mentira dessa tão falada narrativa? Não…brincou com o que na verdade foi na palhaçada mostrado. Que me perdoem os palhaços que desses muito gosto, pois têm de fato graça, com arte. Mas não falo disso, relato o fato, não menos mentiroso de um cabra que de macho nada tem resolveu tomar o lugar do tinhoso maior, sumido dessas cercanias, e agir contra lei, camuflando os desmandos de seu pai boi zebu. Lá pelas tantas, pra lá daquelas paragens do cerrado, na casa do povo, a coisa está feia. Decidiram esculhambar de vez o decoro. 

Tempos brabos, viste! 

Quem viu, viu sabendo, e bem sabido que não era pra protestar e sim pra esculhambação a mando do boi zebu. Com a bíblia na mão ou com o livro do torturador, ou com o livro do nazista, todos se manifestam de acordo com seu espelho. Espelhado está que ninguém nunca deitou refletir sobre os botões de sua própria camisa para ver o que de fato acontece… 

Antes tarde do que nunca, esta terra de ninguém terá de voltar a ter governo, escorraçando os “coisa ruim”, mandando todos pra banda de lá que aqui ninguém quer cobra cascavel arrastando-se por aí a ver quem vai picar.

A coisa está braba, mas que a gente desiste, desiste não! 

Não deixaremos em mãos destes malignos as terras ricas onde tanto boi berra e gente morre de fome, enquanto eles traçam o que veem à frente. 

Dito está, quem tiver ouvidos que ouça [eu ovo], quem tiver olhos que leia!

Belo Horizonte, novembro de 2023

Maria do Carmo O. M. dos Santos (Profa. Madu)

 

Maria do Carmo de Oliveira M. dos Santos (Madu) é Psicanalista, Doutora em Literatura Brasileira, com o projeto de tese “Carlos e Mário: análise das correspondências sob a perspectiva do público e do privado”. Mestre em Literaturas de Língua Portuguesa (Literatura Comparada), pela PUC-Minas, com o trabalho intitulado, “Imagens Urbanas: uma leitura dos signos da cidade contemporânea no espaço narrativo de João Antônio e Luiz Ruffato”. Autora dos livros “Ávidos Ácaros” (poesia), “Ritinha passou por aqui” (memórias), “Sorriso Contido” (poesia). É também uma dos idealizadores da Roda Literária “Épikos: diálogos, vozes e saberes”.

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Libertário - professor de história, filosofia e sociologia .
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